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Foi no passado dia 11 de dezembro que decorreu o debate “Dados pessoais e Inteligência Artificial: Nova Fronteira”, uma iniciativa da PSE e da SIC/Expresso. 

 

Ao longo do evento foram debatidos diversos temas da atualidade. Nomeadamente a importância dos dados pessoais para as empresas, como a inteligência artificial pode ajudar as organizações e a relevância da privacidade e transparência no tratamento de dados pessoais. 

 

Segundo José Manuel Paraíso, Presidente da IBM Portugal, “os dados sempre foram importantes para as empresas”. Nuno Santos, Chief Analytics & Strategy Officer da PSE, clarifica que “a dificuldade para as organizações não é ter dados, mas sim saber capitalizá-los. Pegar nos dados em bruto e transformá-los em algo que constitua valor”. 

Os dados acrescentam valor ao negócio, na medida que são a “base para as tomadas de decisões baseadas em factos” afirma Nuno Maximiano, Analytics Portfolio and Cognitive Solutions Sales na IBM Portugal 

Luís Fonseca, Coordenador de Segurança Económica e Responsável de Proteção de Dados (DPO) na Auchan Retail acrescenta que uma das grandes vantagens dos dados é que permitem às empresas “Conhecer os clientes e ajustar o serviço para melhorar a sua experiência de compra, oferecendo produtos de acordo com as suas preferências”. Pois uma “solução ótima para um cliente, não serve outro cliente distinto”, conforme refere Pedro António, Chief Future Officer no Grupo Ageas Portugal. 

 

Há diversas ferramentas tecnológicas, que nos permitem conhecer melhor o nosso cliente através da utilização e do tratamento dos dados pessoais. “Quem conseguir tratar melhor os dados, consegue servir melhor as pessoas e tem uma enorme vantagem competitiva relativamente aos outros.” afirma José Manuel Paraíso.  

As ferramentas de Inteligência Artificial permitem a definição de “Um modelo ou conjuntos de modelos que, de alguma forma vão produzindo resultados de forma automatizada”. Estas ferramentas “têm mais capacidade que os humanos para identificar padrões, identificar tendências e têm muito mais velocidade de execução que um humano” afirma Nuno Maximiano. 

 

Como devemos tratar os dados pessoais? A privacidade dos dados é um tema recente ou as empresas já tinham isso em consideração? É crucial que as pessoas sintam que os seus dados estão protegidos, saber em que é que as empresas os vão utilizar e, sobretudo terem direito ao controlo total das suas informações.  

Luís Fonseca refere que “a Lei da proteção de dados já existia antes do RGPD”, sendo que muitas empresas já tinham em consideração a proteção e privacidade dos dados dos clientes. No entanto, a “legislação veio ajudar”. Luís Fonseca, acrescenta que as “empresas devem usar dados apenas para os fins recolhidos e informados ao cliente”. 

Pedro Lomba, Sócio e Co-coordenador da área de tecnologia, mobilidade e comunicações na PLMJ afirma que “O RGPD já deu um passo relevante. Mas como é evidente foi um primeiro passo porque ao nível da governação dos dados tratados, obtidos, gerados, inferidos ou extraídos por modelos de Inteligência Artificial vamos ter grandes desenvolvimentos”.  

Pedro António ressalvou a importância do consentimento, da transparência e da segurança dos dados pessoais – “proteger dados, para proteger no final do dia, os cidadãos” 

 

 

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