A mobilidade dos portugueses está a aumentar e já está a metade do normal. Nível de confinamento com queda média de -13%.

 

A consultora PSE estuda a mobilidade dos portugueses, em continuo. Este estudo é um painel que implica uma APP instalada nos telemóveis da amostra participante. Assim monitorizamos a deslocação real da população, em cada hora do dia. Este estudo é realizado 24 horas por dia, desde 2019. Os dados são obtidos de forma rigorosa, via GPS e com o consentimento da amostra monitorizada, que é representativa do universo em estudo. Nota técnica no final.

 

Primeiramente há que dizer que o comportamento da população relativamente ao confinamento em casa é muito diferente nos dias úteis (onde é menor) do que é durante o fim-de-semana (onde é maior). Há uma queda – embora não acentuada – do nível de confinamento, visível na última quinta, sexta, sábado, domingo, segunda e quarta, comparando os valores dos dias homólogos anteriores, concluímos que têm tido uma queda média de -13%.

 

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Como se trata de uma análise já à 7 dias, podemos concluir que há uma queda do confinamento, mas a um ritmo moderado, com um valor médio de apenas -13% para esse período de 7 dias, comparados com os 7 dias anteriores homólogos. Isto é, comparando 2ªfeira, com 2ªfeira e sábado com sábado.

Estávamos ontem com 57% dos Portugueses Confinados em Casa, um valor que é igual ao verificado no dia da declaração do estado de emergência. E dos mais baixos verificados durante este período em que estamos em estado de emergência.

 

AUMENTO DA MOBILIDADE DOS PORTUGUESES

 

Analisando o Índice de Mobilidade PSE da população portuguesa com 15 e mais anos, abrangida pelo estudo, podemos ver o seguinte gráfico. Baseia-se num Índice base-100 em que 100 representa a mobilidade normal verificada de 1 de janeiro a 13 de março 2020.

 

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Desta forma poderemos concluir que há uma ligeira, mas clara, tendência para os portugueses aumentarem a sua mobilidade, como se demostra com a curva de tendência a azul.

Não obstante é também visível que estamos muito distantes (47 pontos) da “normalidade”, ou seja, do Índice 100. Estamos com uma mobilidade que é agora metade do normal, mas que já foi 40% do índice normal, usado como referência.

Importa ir acompanhado esta tendência nos próximos dias, para entende se já significa ou não um claro voltar à rua. Isso será possivelmente mais claro na próxima semana.

 

NÍVEIS DE MOBILIDADE

Para além do “Confinamento em Casa” podemos ainda analisar os diferentes níveis de mobilidade. Apresentamos o gráfico seguinte, onde indicamos aqueles que tiveram “Baixa Mobilidade” (até 10km por dia), em “Mobilidade Média” (de 10 a 20km/dia) e ainda com “Mobilidade Alta” (mais de 20km/dia).

 

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Neste gráfico podemos ver nos últimos 7 dias, para além da redução do Confinamento em Casa, um incremento particularmente da média e elevada mobilidade.

Importa ainda destacar que o nível “natural” de Confinamento em Casa, em que cerca de 25% dos portugueses ficava em casa, verificado nos primeiros dias úteis de março passou para mais do dobro, sendo de 57% no último dia analisado, 22 de Abril 2020.

 

CONTACTO PSE:
info@pse.pt

 

OBSERVAÇÃO: Este estudo produz desde 2019, dados que são aplicados, sobretudo, na aferição de audiência da publicidade exterior. E ainda para auxiliar as câmaras municipais no ordenamento do território e na gestão de mobilidade e transportes, e ainda também em estudos comportamentais de mobilidade e de “shopper”, para outras empresas e entidades.

 

NOTA TÉCNICA: Este estudo é o painel da PSE, com recolha de dados contínua através de monitorização de localização e meios de deslocação via aplicação móvel de um painel de indivíduos representativos do Universo com mais de 15 anos, residente nas regiões do Grande Porto, Grande Lisboa, Litoral Norte, Litoral Centro e Distrito de Faro. Este estudo implica uma APP instalada nos telemóveis da amostra participante. Assim monitorizamos a deslocação real da população, em cada hora do dia. Este estudo é realizado 24 horas por dia. Os dados são obtidos de forma rigorosa, via GPS e com o consentimento da amostra monitorizada. Para um universo de 6.996.113 indivíduos residentes nas regiões estudadas a margem de erro imputável ao estudo é de 1.62% para um intervalo de confiança de 95%.